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terça-feira, 17 de maio de 2011

O "problema" raramente é o verdadeiro problema...


Ela vivia preocupada com sua aparência, em especial com os dentes. Estava sempre trocando de dentista achando que o último só a fizera parecer pior. Resolveu fazer plástica no nariz, mas o resultado foi ruim. O fato era que cada Profissional estava refletindo sua crença de que ela era feia. Seu problema não era a aparência, mas o fato de que estava convencida de que havia algo de errado nela.

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Outra mulher tinha um mau hálito terrível e as pessoas achavam desagradável ficar perto dela. Ela estudava para ser ministra de igreja e seu comportamento exterior era pio e espiritual. Todavia, sob ele havia uma furiosa corrente de raiva e inveja que explodia às vezes, quando essa mulher achava que alguém poderia estar ameaçando sua posição. Seus pensamentos mais profundos eram expressos através do hálito, tornando-a ofensiva mesmo quando pretendia ser amorosa. Ninguém a ameaçava senão ela mesma.

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Ele tinha apenas quinze anos quando a mãe o trouxe a mim porque o garoto estava com mal de Hodgkin e haviam lhe dado só três meses de vida. A mãe, como seria de esperar, estava histérica e era de difícil trato, mas ele era esperto e inteligente, e queria viver. Estava disposto a fazer tudo o que eu mandasse inclusive modificar o modo como falava e pensava. Os pais, separados, estavam sempre discutindo, e o garoto na verdade não tinha uma vida doméstica estável. E queria desesperadamente ser ator, e a perseguição da fama e da fortuna era muito maior do que sua capacidade de experimentar a alegria. Pensava que só seria aceitável e digno de valor se tivesse fama. Eu o ensinei a se amar e se aceitar, e ele ficou bom. Agora está amadurecido e atua com regularidade na Broadway, pois, a medida que foi aprendendo a vivenciar a alegria de ser ele mesmo, abriram-se novos papéis para o seu talento.
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O excesso de peso é outro bom exemplo de como podemos desperdiçar muita energia tentando corrigir um problema que não é o verdadeiro. As pessoas freqüentemente passam anos e anos lutando contra a gordura e continuam com excesso de peso; afirmam que todos os seus problemas vêm porque elas são gordas.

O excesso de peso é só um efeito exterior de um profundo problema interno. Para mim, ele é sempre o medo e uma necessidade de se sentir protegido. Quando nos sentimos amedrontados ou inseguros, ou "não bons o bastante", muitos de nós acumulamos gordura para se proteger. Gastar tempo nos menosprezando por sermos gordos demais, sentir culpa a cada garfada que comemos, fazer todas as coisas más que fazemos a nós mesmos quando engordamos, não passa de desperdício de tempo. Daqui a vinte anos estaremos na mesma posição porque não começamos a lidar com o verdadeiro problema por trás da gordura. Só conseguimos nos tornar mais amedrontados e inseguros, e então precisamos de mais peso para proteção.

É por isso que eu me recuso a focalizar a atenção na gordura ou em dietas, pois estas não funcionam. A única dieta que dá certo é a dieta mental, a que evita pensamentos negativos. Costumo dizer aos meus clientes: "Vamos colocar essa questão de lado por algum tempo enquanto trabalhamos em algumas outras Coisas".

Muitas vezes eles me dizem que não podem se amar porque são muito gordos ou é como colocou uma moça: "redondos demais nas beiradas". Explico-lhes então que eles são gordos porque não se amam. É impressionante ver como, quando se começa a amar e aprovar a nós mesmos, a gordura excessiva vai desaparecendo de nossos corpos.

É comum alguns clientes ficarem bravos comigo quando lhes explico como é fácil mudar suas vidas, porque têm a impressão de que não estou compreendendo seus problemas. Uma mulher ficou muito nervosa e falou: "Vim aqui para conseguir ajuda no Preparo da minha dissertação, não para aprender a me amar". Todavia, para mim estava claro que seu Principal problema era o ódio contra si mesma, que permeava todas as áreas de sua vida, inclusive o escrever a dissertação. Ela não seria bem-sucedida em nada enquanto se sentisse tão sem valor. Ela recusou-se a me ouvir e saiu em lágrimas. Voltou um ano depois com o mesmo problema e muitos outros mais. Algumas pessoas não estão prontas e não temos como avaliar isso. Todos começamos a fazer nossas mudanças na hora, no espaço e na seqüência certos para nós. Eu só comecei as minhas depois de completar quarenta anos.

Então me vejo diante de um cliente que acabou de se olhar no inofensivo espelhinho e está todo nervoso. Sorrio com prazer e digo: "Ótimo, agora estamos olhando para o 'verdadeiro problema' e podemos começar a remover aquilo que está realmente atrapalhando seu caminho". Converso mais sobre o amar o eu, sobre como, para mim, amar o eu começa como nunca, jamais, nos criticar por nada.

Observo o rosto de meus clientes quando lhes pergunto se costumam se criticar e suas reações me dizem muito:

Ora, claro que sim.

O tempo todo.

Não tanto como costumava fazer.

Ora, como vou mudar se não me critico?

Não é o que todos fazem?

A esses últimos, eu respondo: "Não estamos falando sobre todos, estamos falando de você. Por que você se critica? O que há de errado com você?"

Enquanto eles falam vou escrevendo uma lista. O que dizem freqüentemente coincide com sua "lista deveria" Acham que são altos demais, baixos demais, gordos demais, magros demais, burros demais, velhos demais, jovens demais, feios demais. (Os mais bonitos em geral respondem isso).

Falam também que são vagarosos demais, apressados demais, Preguiçosos demais etc, etc. Note como quase sempre é uma coisa "demais". Finalmente chega mos à frase primária, quando dizem:

"Não sou bastante bom".

Viva! Viva! Finalmente encontramos o mago da questão. Eles se criticam porque aprenderam a acreditar que "não são bastante bons". Os clientes se admiram com a rapidez com que chegamos a essa descoberta. Agora não precisamos mais nos preocupar com efeitos colaterais como problemas corporais, de relacionamento, finanças ou falta de expressão criativa. Podemos dedicar toda a nossa energia na dissolução da causa básica de tudo o que está acontecendo: não amar a si mesmo!



Texto extraído do livro: Você Pode Curar Sua Vida, de Louise L. Hay



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